
Qual o segredo das startups de sucesso?
Escalar um negócio exige estratégia – e não é só sobre crescer rápido. No episódio que gravei no Papo de Gestão com o Bruno Nardon, do G4 Educação, falamos sobre os desafios reais de construir empresas escaláveis. Não é sobre sorte ou ter a ideia perfeita, mas sim sobre tomada de decisão, estratégia de crescimento e execução disciplinada.
Conversamos sobre o que realmente move o ponteiro no crescimento de uma empresa, os erros fatais que muitos empreendedores cometem ao tentar escalar, como equilibrar velocidade e eficiência sem destruir valor e por que uma cultura forte é essencial para sustentar o crescimento no longo prazo. Se você empreende, investe ou simplesmente quer entender como negócios vencedores são construídos, esse episódio traz reflexões práticas que podem mudar sua visão.
Ouça aqui:
Equity split e como estruturar uma cap table
Definir a equity split entre sócios é uma das primeiras decisões críticas de qualquer startup – e uma das que mais geram conflitos no futuro. Muitas vezes, o erro começa já no início, quando um dos fundadores assume que a divisão “justa” é sempre 50/50 ou quando alguém entra com expectativa desalinhada do esforço que será necessário para construir o negócio. O Arjun Paul compartilhou um relato brutalmente honesto sobre como errou na divisão de equity da sua empresa, o que gerou desalinhamento e, no fim, prejudicou a própria startup. Vale a leitura: Leia aqui.
Outro ponto essencial para evitar dores de cabeça futuras é estruturar bem a cap table desde o início. Muitas startups começam desorganizadas e, quando precisam captar investimento, percebem que fizeram acordos ruins, distribuíram equity sem critério ou criaram uma estrutura que afasta bons investidores. Para ajudar nisso, The Venture Crew disponibilizou um template de cap table que pode servir como ponto de partida para estruturar a sua de forma clara e estratégica. Quem quiser acessar, está disponível aqui: Baixe o template.
Se você está começando um negócio ou mesmo revisando a estrutura de equity da sua startup, vale gastar um tempo entendendo essas duas questões antes que se tornem problemas grandes demais para resolver depois.
Queridinho só se ferra
Muita gente acha que ser a pessoa que resolve qualquer problema dentro da empresa é a chave para crescer na carreira. O famoso "deixa que eu faço". Mas, na prática, isso pode ser exatamente o que te mantém estagnado.
O que acontece? Você pega as tarefas que ninguém quer, aquelas que dão trabalho, mas não movem a agulha do negócio. E enquanto você está atolado nelas, outras pessoas estão trabalhando nos projetos estratégicos, ganhando visibilidade e sendo promovidas.
Ser visto como alguém colaborativo é ótimo. Mas se essa colaboração significa assumir tarefas de baixo impacto o tempo todo, sem espaço para atuar onde realmente faz diferença, sua carreira não vai sair do lugar.
A real é que empresas promovem quem gera valor visível. Quem resolve problemas que importam, quem entrega resultado onde realmente conta. Se você está sempre lidando com os incêndios do dia a dia e não tem tempo para atuar nos projetos que definem o futuro da empresa, precisa repensar seu posicionamento.
Isso não significa que você nunca deve ajudar ou pegar desafios difíceis. Mas significa que você precisa escolher onde coloca sua energia. Antes de aceitar qualquer tarefa, se pergunte:
a) Isso tem impacto real no negócio?
b) Vai me dar visibilidade estratégica ou é só mais um trabalho invisível?
c) Estou assumindo isso porque quero ou porque ninguém mais quis?
Colaboração inteligente é saber onde e quando entrar no jogo. Se posicionar. Criar valor no que realmente importa.
Porque ser o resolvedor de buchas da empresa pode até te fazer querido. Mas dificilmente vai te levar para o próximo nível.
É isso. Depois de um janeiro que parecia infinito, fevereiro passou voando. É Carnaval. Bora curtir!
Obrigado por me acompanhar e vamos que vamos!
Alex
"Além da nobre arte de fazer as coisas, existe a nobre arte de deixá-las por fazer. A sabedoria da vida consiste na eliminação do que não é essencial."
— Lin Yutang, The Importance of Living